quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Mensagem de fim de ano
Estudante que lutou pela democracia
Honestino Monteiro Guimarães, nasce em Goiás, na pequena cidade de Itaberaí em 28 de março de 1947. A partir de 1960 sua família muda-se para os arredores de Brasília, uma capital em construção.
Em 1962 Honestino Guimarães era mais um jovem estudante secundarista que vivia uma época de grande agitação política, aflorava a luta de classes no meio estudantil. Honestino cursava o 1º ano cientifico no Centro de Ensino Médio “Elefante Branco”, escola pública de Brasília que era chamado ironicamente de “Elefante Vermelho”, devido intensa participação política de seus estudantes e professores. Nesse período o movimento estudantil secundarista no Distrito Federal conduzia grandes mobilizações em defesa da escola pública, contra o aumento das passagens do transporte público, e por democracia nas escolas e no país.
Os estudantes organizavam debates, manifestações, e intensificavam as agitações políticas de forma massiva e combativa. Numa dessas manifestações, em que estudantes se rebelavam contra o aumento das passagens, reprimidos, pararam o trânsito, quebraram um ônibus, agiram com vigor e combatividade, a polícia feriu um estudante à bala, a rebelião se intensificou, chegou-se a ponto de haver intervenção de tropas do exército - isto em 1963, sob o “democrático” governo de João Goulart.
Por essa época Honestino Guimarães iniciava sua militância, ainda não se destacava tanto pela sua incipiente atuação política no movimento estudantil, mas por ser um dos mais brilhantes estudante daquele centro de ensino, era participativo, dedicado e responsável com seus estudos.
No ano de 1964, com o golpe militar, Honestino que já cursava o 3º ano científico no CIEM (Colégio Integrado de Ensino Médio, anexo à UnB) inicia sua militância clandestina na Ação Popular - AP, organização política surgida no campo democrático católico que nega, após o golpe de abril, sua postura reformista e integra o campo revolucionário. O desejo de um mundo melhor, justo e sem exploração, geralmente presente em toda juventude, o desejo da transformação, somados com uma grande sede de conhecimento e contrapondo à realidade social, conduziu Honestino à militância política.
Preso por participar de pichações de denúncia!
Em 1965 Honestino entra na Universidade de Brasília no curso de Geologia (foi 1º colocado no vestibular da UnB), onde se destacaria como dirigente estudantil. A sua militância diária, honesta, a confiança recíproca que tinha com a massa estudantil e sua atuação incessante e combativa, passa a fazê-lo alvo da repressão política. “A UnB foi a universidade mais perseguida pelo regime militar. Invadida pelo Exército cinco vezes: em 1964, 65, 68, 77 e 84”2 . Honestino é preso em janeiro de 1967, acusado de organizar e participar de pichações de denúncia contra o governo de Costa e Silva. Novamente é preso em fins de 1967, fora denunciado como participante de um suposto movimento guerrilheiro em Itauçu (GO), cerco que atinge a AP em Goiás e no Distrito Federal prendendo vários revolucionários. Ainda na prisão Honestino é eleito para a presidência da FEUB (Federação dos Estudantes Universitários de Brasília), devido à pressão de democratas e dos estudantes é solto.
Na direção da FEUB Honestino conduziria o movimento estudantil em Brasília no ano de 1968, ano de grandes mobilizações, no qual se destaca a manifestação dos 100.000 no Rio de janeiro. O ME na capital federal era dos mais combativos do país, naquela época. Dia 28 de março, no início da noite, chegavam à UnB as notícias da repressão sangrenta a uma mobilização dos estudantes no Restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro, e o assassinato do estudante secundarista Edson Luiz de Lima Souto. Imediatamente Honestino se dirigiu à biblioteca da universidade, onde se encontrava centenas de estudantes, e deu início à mobilização de protesto. Em seguida, organizou uma campanha de pichações que produziu dezenas e dezenas de inscrições nos muros da capital durante toda noite. A mobilização culminou com vasta manifestação no dia seguinte, com milhares de participantes, até os palanques comemorativos de mais um aniversário do golpe de 1º de abril foram incendiados pela indignação que tomou conta dos estudantes brasilienses.
“A capital da república viveu desde as 18 horas de ontem, até a madrugada de hoje, cenas de violência, em virtude das manifestações de condenação do assassinato do estudante Edson Luís no Rio de Janeiro. As demonstrações reuniram centenas de universitários e estudantes secundaristas, além de populares na avenida W3. Aos gritos de “Assassinos”, “Abaixo a Ditadura” e outros, os manifestantes se dirigiam para a praça 21 de abril, mas foram impedidos de ali se reunirem.”3
Honestino não foge à luta, perseguido, milita na clandestinidade
Em junho do mesmo ano (68), em seqüência dos protestos, os estudantes do DF, sob direção de Honestino, realizam uma manifestação organizada pela FEUB com 10.000 estudantes. Em uma Assembléia Geral, os estudantes identificaram quatro militares infiltrados, diante de uma possível intervenção, ergueram barricadas no campus, declarado “Território Livre”. No fim do mês um agente policial que se infiltrara no RU é preso pelos estudantes e mantido em cárcere na UnB durante toda noite. Essas demonstrações de organização e poder dos estudantes ameaçavam e provocavam temor nos militares. No dia 15 de agosto, o coronel Murilo Rodrigues de Souza, encarregado do IPM (Inquérito Policial Militar) do movimento estudantil, comunica a decretação da prisão preventiva de sete estudantes, entre eles Honestino Monteiro Guimarães (Presidente da FEUB). Isso os levam a clandestinidade, pois decidem não se entregar e continuam a militância política. Honestino e os demais continuam presentes nas mobilizações estudantis na universidade.
Sob a alegação de cumprir o mandato de prisão dos alunos, em uma operação conjunta entre a Polícia do Exército, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Política (DOPS), a Universidade de Brasília foi violentamente invadida. Os estudantes sob a liderança de Honestino resistem de forma heróica. Destemidos confrontam com a polícia exigindo que saiam da universidade, várias viaturas são apedrejadas, viradas de cabeça para baixo, incendiadas, a polícia enfrentando a resistência, adentra os prédios das faculdades e o ICC (Instituto de Central de Ciências, principal prédio da UnB), prendem centenas de estudantes e destroem instalações e laboratórios da universidade, disparam sobre os estudantes, chegaram a ferir o estudante de engenharia Valdemar Alves Silva atingido por um tiro na cabeça, perdeu um olho e ficou por vários dias entre a vida e a morte com uma bala na cabeça.
A operação era dirigida por militares experientes do exército e ainda mantinham tropas de prontidão. Honestino foi preso e violentamente espancado, ficando detido cerca de dois meses. A mãe de Honestino dona Rosa, hoje aposentada, era professora quando se deu a invasão da UnB. O telefone de seu apartamento era grampeado. Não teve medo, porém, quando lhe avisaram da prisão de Honestino. Pegou o telefone, gritou, urrou, mandou recados para os homens do Exército.
“Alguns estudantes faziam prova. Outros estavam nas aulas práticas de medicina. De repente, todo o campus e os edifícios foram envoltos em nuvens de gás e pólvora. Houve depredações, choques, lutas corporais, agressões, tiros, prisões. Mais uma vez a Universidade de Brasília era invadida pela polícia, agora incumbida da missão de prender cinco estudantes. Dos cinco apenas um, justamente o líder Honestino Guimarães, chegou a ser detido”.4
Honestino também é alvo do AI-5
A gerencia militar vendo a crescente mobilização popular, particularmente dos estudantes, e o desenvolver de diversos grupos revolucionários decreta o Ato Institucional nº 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, iniciando uma fase mais aguda da repressão. Como milhares de estudantes, intelectuais honestos, operários e muitos revolucionários, Honestino entra para a clandestinidade definitivamente. Nessa situação assume uma importante e difícil tarefa, presidir a UNE sob o cerco da repressão. Com a cabeça a prêmio, combativo, destemido, não vacilou, conduziu a entidade, agora clandestina, no seu mais avançado período, momento em que esta se encontra no campo revolucionário.
Honestino se forjava como um grande dirigente revolucionário, vivia em função de nosso povo, costuma expressar em versos seus sentimentos e a sua profunda confiança no povo e na luta. Com uma postura sempre combativa travava luta contra as posições oportunistas que proliferavam no meio estudantil, procurava sempre não conciliar com as posturas reformistas e capitulacionistas favoráveis ao “diálogo” com o regime militar. Era um dirigente político reconhecido pelas massas, com visão ampla, democrática, combatia as visões estreitas e sectárias dos trotskistas e outros oportunistas.
Informações colhidas na capital federal dão conta de que os órgãos de informação estavam acompanhando atentamente os passos do grupo de que Honestino Guimarães fazia parte (AP-ML, Ação Popular - Marxista-Leninista, denominação da organização de honestino após a decisão pelo marxismo-leninismo pensamento Mao Tsetung), com o objetivo de liquidá-lo em escala nacional, e se apressaram em atingi-lo quando souberam que a sua direção nacional resolvera apoiar o movimento de resistência armada surgido no sul do Pará (Guerrilha do Araguaia), sob a direção do PCdoB5 .
Dia 10 de outubro de 1973 Honestino foi preso na cidade do Rio de Janeiro. Desde então nunca mais foi visto. Em dezembro desse ano sua mãe Dona Maria Rosa soube que ele estaria preso em Brasília, e obteve a promessa de que poderia visitá-lo no dia de Natal. Mas subitamente a notícia foi desmentida. Uma longa peregrinação de D. Maria Rosa em busca de qualquer informação sobre o filho sempre resultou em evasivas, em negativas, em promessas não cumpridas.
Honraremos o sangue de Honestino Guimarães!
Mas todos sabemos a verdade: Honestino Guimarães foi assassinado pelos algozes do governo militar que gerenciava este mesmo Estado burguês-latifundiário serviçal do imperialismo. Temerosos da justiça popular, que um dia, breve, irá prevalecer, procuram esconder seu hediondo crime, um dentre muitos que cometeram contra o povo brasileiro. Os traidores, , revisionistas, e toda laia de oportunistas capitularam e traíram a luta daqueles que tombaram, mas a memória do povo não é fraca, e ele cobrará o sangue de cada um de seus filhos! Um dos assassinados pela repressão dos anos Médici, Carlos Danielli, escreveu, com o seu próprio sangue nas paredes do cárcere: “ESTE SANGUE SERÁ VINGADO”. Continuemos o caminho que trilhava Honestino, caminho de luta dura, caminho glorioso que levará inevitavelmente a uma nova vida, continuemos a construção de uma verdadeira e nova democracia.
O assassinato de Honestino como de tantos outros, não faz calar o povo, “o sangue do povo não afoga a revolução, o sangue do povo rega a revolução”, isso a história tem nos ensinado. Como Honestino mesmo disse: “Podem nos prender, podem nos matar, mas um dia voltaremos, e seremos milhões...”.
Estudante que lutou pela democracia
Honestino Monteiro Guimarães, nasce em Goiás, na pequena cidade de Itaberaí em 28 de março de 1947. A partir de 1960 sua família muda-se para os arredores de Brasília, uma capital em construção.
Em 1962 Honestino Guimarães era mais um jovem estudante secundarista que vivia uma época de grande agitação política, aflorava a luta de classes no meio estudantil. Honestino cursava o 1º ano cientifico no Centro de Ensino Médio “Elefante Branco”, escola pública de Brasília que era chamado ironicamente de “Elefante Vermelho”, devido intensa participação política de seus estudantes e professores. Nesse período o movimento estudantil secundarista no Distrito Federal conduzia grandes mobilizações em defesa da escola pública, contra o aumento das passagens do transporte público, e por democracia nas escolas e no país.
Os estudantes organizavam debates, manifestações, e intensificavam as agitações políticas de forma massiva e combativa. Numa dessas manifestações, em que estudantes se rebelavam contra o aumento das passagens, reprimidos, pararam o trânsito, quebraram um ônibus, agiram com vigor e combatividade, a polícia feriu um estudante à bala, a rebelião se intensificou, chegou-se a ponto de haver intervenção de tropas do exército - isto em 1963, sob o “democrático” governo de João Goulart.
Por essa época Honestino Guimarães iniciava sua militância, ainda não se destacava tanto pela sua incipiente atuação política no movimento estudantil, mas por ser um dos mais brilhantes estudante daquele centro de ensino, era participativo, dedicado e responsável com seus estudos.
No ano de 1964, com o golpe militar, Honestino que já cursava o 3º ano científico no CIEM (Colégio Integrado de Ensino Médio, anexo à UnB) inicia sua militância clandestina na Ação Popular - AP, organização política surgida no campo democrático católico que nega, após o golpe de abril, sua postura reformista e integra o campo revolucionário. O desejo de um mundo melhor, justo e sem exploração, geralmente presente em toda juventude, o desejo da transformação, somados com uma grande sede de conhecimento e contrapondo à realidade social, conduziu Honestino à militância política.
Preso por participar de pichações de denúncia!
Em 1965 Honestino entra na Universidade de Brasília no curso de Geologia (foi 1º colocado no vestibular da UnB), onde se destacaria como dirigente estudantil. A sua militância diária, honesta, a confiança recíproca que tinha com a massa estudantil e sua atuação incessante e combativa, passa a fazê-lo alvo da repressão política. “A UnB foi a universidade mais perseguida pelo regime militar. Invadida pelo Exército cinco vezes: em 1964, 65, 68, 77 e 84”2 . Honestino é preso em janeiro de 1967, acusado de organizar e participar de pichações de denúncia contra o governo de Costa e Silva. Novamente é preso em fins de 1967, fora denunciado como participante de um suposto movimento guerrilheiro em Itauçu (GO), cerco que atinge a AP em Goiás e no Distrito Federal prendendo vários revolucionários. Ainda na prisão Honestino é eleito para a presidência da FEUB (Federação dos Estudantes Universitários de Brasília), devido à pressão de democratas e dos estudantes é solto.
Na direção da FEUB Honestino conduziria o movimento estudantil em Brasília no ano de 1968, ano de grandes mobilizações, no qual se destaca a manifestação dos 100.000 no Rio de janeiro. O ME na capital federal era dos mais combativos do país, naquela época. Dia 28 de março, no início da noite, chegavam à UnB as notícias da repressão sangrenta a uma mobilização dos estudantes no Restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro, e o assassinato do estudante secundarista Edson Luiz de Lima Souto. Imediatamente Honestino se dirigiu à biblioteca da universidade, onde se encontrava centenas de estudantes, e deu início à mobilização de protesto. Em seguida, organizou uma campanha de pichações que produziu dezenas e dezenas de inscrições nos muros da capital durante toda noite. A mobilização culminou com vasta manifestação no dia seguinte, com milhares de participantes, até os palanques comemorativos de mais um aniversário do golpe de 1º de abril foram incendiados pela indignação que tomou conta dos estudantes brasilienses.
“A capital da república viveu desde as 18 horas de ontem, até a madrugada de hoje, cenas de violência, em virtude das manifestações de condenação do assassinato do estudante Edson Luís no Rio de Janeiro. As demonstrações reuniram centenas de universitários e estudantes secundaristas, além de populares na avenida W3. Aos gritos de “Assassinos”, “Abaixo a Ditadura” e outros, os manifestantes se dirigiam para a praça 21 de abril, mas foram impedidos de ali se reunirem.”3
Honestino não foge à luta, perseguido, milita na clandestinidade
Em junho do mesmo ano (68), em seqüência dos protestos, os estudantes do DF, sob direção de Honestino, realizam uma manifestação organizada pela FEUB com 10.000 estudantes. Em uma Assembléia Geral, os estudantes identificaram quatro militares infiltrados, diante de uma possível intervenção, ergueram barricadas no campus, declarado “Território Livre”. No fim do mês um agente policial que se infiltrara no RU é preso pelos estudantes e mantido em cárcere na UnB durante toda noite. Essas demonstrações de organização e poder dos estudantes ameaçavam e provocavam temor nos militares. No dia 15 de agosto, o coronel Murilo Rodrigues de Souza, encarregado do IPM (Inquérito Policial Militar) do movimento estudantil, comunica a decretação da prisão preventiva de sete estudantes, entre eles Honestino Monteiro Guimarães (Presidente da FEUB). Isso os levam a clandestinidade, pois decidem não se entregar e continuam a militância política. Honestino e os demais continuam presentes nas mobilizações estudantis na universidade.
Sob a alegação de cumprir o mandato de prisão dos alunos, em uma operação conjunta entre a Polícia do Exército, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Política (DOPS), a Universidade de Brasília foi violentamente invadida. Os estudantes sob a liderança de Honestino resistem de forma heróica. Destemidos confrontam com a polícia exigindo que saiam da universidade, várias viaturas são apedrejadas, viradas de cabeça para baixo, incendiadas, a polícia enfrentando a resistência, adentra os prédios das faculdades e o ICC (Instituto de Central de Ciências, principal prédio da UnB), prendem centenas de estudantes e destroem instalações e laboratórios da universidade, disparam sobre os estudantes, chegaram a ferir o estudante de engenharia Valdemar Alves Silva atingido por um tiro na cabeça, perdeu um olho e ficou por vários dias entre a vida e a morte com uma bala na cabeça.
A operação era dirigida por militares experientes do exército e ainda mantinham tropas de prontidão. Honestino foi preso e violentamente espancado, ficando detido cerca de dois meses. A mãe de Honestino dona Rosa, hoje aposentada, era professora quando se deu a invasão da UnB. O telefone de seu apartamento era grampeado. Não teve medo, porém, quando lhe avisaram da prisão de Honestino. Pegou o telefone, gritou, urrou, mandou recados para os homens do Exército.
“Alguns estudantes faziam prova. Outros estavam nas aulas práticas de medicina. De repente, todo o campus e os edifícios foram envoltos em nuvens de gás e pólvora. Houve depredações, choques, lutas corporais, agressões, tiros, prisões. Mais uma vez a Universidade de Brasília era invadida pela polícia, agora incumbida da missão de prender cinco estudantes. Dos cinco apenas um, justamente o líder Honestino Guimarães, chegou a ser detido”.4
Honestino também é alvo do AI-5
A gerencia militar vendo a crescente mobilização popular, particularmente dos estudantes, e o desenvolver de diversos grupos revolucionários decreta o Ato Institucional nº 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, iniciando uma fase mais aguda da repressão. Como milhares de estudantes, intelectuais honestos, operários e muitos revolucionários, Honestino entra para a clandestinidade definitivamente. Nessa situação assume uma importante e difícil tarefa, presidir a UNE sob o cerco da repressão. Com a cabeça a prêmio, combativo, destemido, não vacilou, conduziu a entidade, agora clandestina, no seu mais avançado período, momento em que esta se encontra no campo revolucionário.
Honestino se forjava como um grande dirigente revolucionário, vivia em função de nosso povo, costuma expressar em versos seus sentimentos e a sua profunda confiança no povo e na luta. Com uma postura sempre combativa travava luta contra as posições oportunistas que proliferavam no meio estudantil, procurava sempre não conciliar com as posturas reformistas e capitulacionistas favoráveis ao “diálogo” com o regime militar. Era um dirigente político reconhecido pelas massas, com visão ampla, democrática, combatia as visões estreitas e sectárias dos trotskistas e outros oportunistas.
Informações colhidas na capital federal dão conta de que os órgãos de informação estavam acompanhando atentamente os passos do grupo de que Honestino Guimarães fazia parte (AP-ML, Ação Popular - Marxista-Leninista, denominação da organização de honestino após a decisão pelo marxismo-leninismo pensamento Mao Tsetung), com o objetivo de liquidá-lo em escala nacional, e se apressaram em atingi-lo quando souberam que a sua direção nacional resolvera apoiar o movimento de resistência armada surgido no sul do Pará (Guerrilha do Araguaia), sob a direção do PCdoB5 .
Dia 10 de outubro de 1973 Honestino foi preso na cidade do Rio de Janeiro. Desde então nunca mais foi visto. Em dezembro desse ano sua mãe Dona Maria Rosa soube que ele estaria preso em Brasília, e obteve a promessa de que poderia visitá-lo no dia de Natal. Mas subitamente a notícia foi desmentida. Uma longa peregrinação de D. Maria Rosa em busca de qualquer informação sobre o filho sempre resultou em evasivas, em negativas, em promessas não cumpridas.
Honraremos o sangue de Honestino Guimarães!
Mas todos sabemos a verdade: Honestino Guimarães foi assassinado pelos algozes do governo militar que gerenciava este mesmo Estado burguês-latifundiário serviçal do imperialismo. Temerosos da justiça popular, que um dia, breve, irá prevalecer, procuram esconder seu hediondo crime, um dentre muitos que cometeram contra o povo brasileiro. Os traidores, , revisionistas, e toda laia de oportunistas capitularam e traíram a luta daqueles que tombaram, mas a memória do povo não é fraca, e ele cobrará o sangue de cada um de seus filhos! Um dos assassinados pela repressão dos anos Médici, Carlos Danielli, escreveu, com o seu próprio sangue nas paredes do cárcere: “ESTE SANGUE SERÁ VINGADO”. Continuemos o caminho que trilhava Honestino, caminho de luta dura, caminho glorioso que levará inevitavelmente a uma nova vida, continuemos a construção de uma verdadeira e nova democracia.
O assassinato de Honestino como de tantos outros, não faz calar o povo, “o sangue do povo não afoga a revolução, o sangue do povo rega a revolução”, isso a história tem nos ensinado. Como Honestino mesmo disse: “Podem nos prender, podem nos matar, mas um dia voltaremos, e seremos milhões...”.
Poema de homenagem aos mortos
Da sombra habitual do quotidiano,
Como é que anda a legalização do aborto no Brasil
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Exemplo de Compaixão: Madre Teresa de Calcutá
Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em 26 de agosto de 1910, em Skopje, na Macedônia, filha de pais albaneses, numa família de três filhos, sendo duas moças e um rapaz. Freqüentou uma escola não católica.
Aos 12 anos, ouviu um jesuíta que era missionário na Índia dizer: “Cada qual em sua vida deve seguir seu próprio caminho”. Tais palavras a impressionaram e se determinou a dar um sentido à sua vida, a entregar-se a serviço dos outros: fazer-se missionária. E já nesta idade procurou o referido jesuíta para saber como fazer isso, ao que o prudente homem respondeu que aguardasse a confirmação do tempo e da “voz de Deus”.
Seis anos mais tarde, cada vez mais convicta de sua vocação, solicitou a admissão na Congregação das Irmãs do Loreto que trabalhava em Bengala, mas teve primeiro de aprender a língua inglesa em Dublim. De Dublim foi enviada para a Índia em 1931 a fim de iniciar seu noviciado em Darjeeling no colégio das Irmãs de Calcutá.
No dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa, e emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de "Teresa". A origem da escolha deste nome residiu no fato de ser em honra à monja francesa Teresa de Lisieux, padroeira das missionárias, canonizada em 1927 e conhecida como Santa Teresinha.
Compaixão na Vida Social
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Missão na África
Mito da caverna
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.
Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Noticias do mercado capitalista.
MT 6, 19-21
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Fiilme:Julia(sobre amizade)
Artigo sobre a honestidade
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Amizade
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Para os cristãos, a esperança é permanente, porque sempre é possível confiar na justiça e na bondade de Deus Pai e esperar por dias melhores, por um futuro radioso e, sobretudo, pela vida eterna e feliz. Mas não é só na eternidade que a esperança se projeta. Ela é também uma virtude social, quando temos a ideia de um mundo melhor para a humanidade e trabalhamos por isso.
A maior das três
De todas as virturdes, a caridade é a maior, simplesmente porque ela representa o amor ao próximo, por amor a Deus, e, portanto, é o resumo de toda a lei, de acordo com Jesus. Mas é preciso entender bem o que é caridade. A palavra ''caridade'' tornou-se muito desgastada: geralmente, quando falamos nela, pensamos logo em dar esmola, em ser ''bonzinhos''. Ter caridade é ter paciência, é ajudar sem descanço, é perdoar, é cuidar, é ser humilde diante ao próximo... É, enfim, tratar o outro dentro da lei do amor, porque Deus é amor e se temos fé e esperança devemos estar com Ele.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Assuntos atuais de Religião
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Globalização e prefeitura.
A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como conseqüência o aumento acirrado da concorrência.
Prefeitura
Para mim eu não quero outra prefeita ou outro prefeito para nós pois vai aumentar a corrupção e já que um não cuida direito (não fecha os buracos e não resolve os problemas da humanidade) imagina dois, a nossa vida seria um desastre.
ENQUETE: Você quer outra prefeita ou outro prfeito para a nossa cidade?
As quatro virtudes
Prudência é a virtude que nos ajuda a escolher. Não se trata de escolher coisas fúteis e bobas. A Prudência nos ajuda a escolher os meios adequados para realizar o bem e vencer o mal. É uma escolha muito importante e que a qualquer momento precisamos fazer.
A virtude da justiça
Deus entregou a terra a Adão para que ele e seus filhos a plantassem e tirassem dela o seu sustento. O homem usou e usa as coisas da natureza para comer, para vestir, para fabricar objetos necessários à sua vida. Como filhos de Deus e tendo recebido a terra como herança, os homens podem possuir suas coisas, sua terra, sua casa, seus objetos, que lhe são necessários para viver e para alimentar sua família. É fácil compreender que nem sempre haverá um acordo entre os homens sobre a possessão desses bens materiais.
A virtude da força
A virtude da temperança
A Temperança nos ajudará a vencer os maus pensamentos e maus desejos, ajudará um casal a nunca trair o sacramento do matrimônio pelo adultério, etc. Todos esses maus pensamentos e maus desejos e ocasiões de pecado devem ser combatidos imediatamente, sem perda de tempo, com muita coragem e força, para que não se tornem pecados mortais. Na verdade, todas as quatro virtudes teologais se unem no combate da alma para praticar os Mandamentos de Deus.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Buracos em Fortaleza
As chuvas causaram muitos buracos em Fortaleza. A sensação da maioria das pessoas é a mesma: Fortaleza nunca esteve com tantos buracos nas vias. A prefeitura não manda fechar esses buracos e os acidentes vão ocorrendo e aumentando.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Paz e Amor
Deus é uma força verdadeira que se manifesta em nós através dos bons sentimentos e do amor ao próximo . Madre Teresa de Calcutá foi uma pessoa que foi muito solidária ,amorosa,ajudava os outros e que Deus amou-a muito.